21 novembro 2004

DEPOIMENTO DE ROSILÉIA - PcP



Meu nome é Rosiléa Silva dos Anjos, sou casada a 18 anos, tenho um casal de filhos adolescentes meu filho tem 16 e a minha filha 14, diga-se de passagem filhos maravilhosos. Moro no interior do Estado do Rio de janeiro
Na minha família existem casos de Mal de Parkinslon, tio avô, avó, tia avó, primo com 70 anos.
Já me consultei no Hospital das Clínicas em São Paulo, Antônio Pedro em Niterói no Rio de Janeiro, Com Carlos Bacelar e se contar os tratamentos, médicos e exames médicos, vou perder um bom tempo relacionando-os.
Minhas avós eram irmãs e conseqüentemente meus pais são primos em 1º grau. Tenho alto grau de miopia, sou muito anciosa, era muito sensível.
Bem, meu marido é o grande problema na minha vida. Ele usa uma válvula no cérebro para drenar um liquido que o cérebro produz. Depois achavam que ele tinha um tumor, em resumo ele operou a cabeça 5 vezes, sofreu um acidente de moto em 93 e esteve 3 dias em coma, e com falhas de memória freqüente, ano passado ele surtou por misturar remédio e bebida alccolica, tive que interna-lo.
Casamos em 12/04/86 dia 16/04/86 dia do meu aniversário ele ficou internado e foi depois desse abalo emocional após o casamento em diante que meu problema com o parkinson começou. Minha estória é muito longa, existem muitos casos que não vale a penar relembrar.
Atualmente tomo ¼ ou ½ dependendo se vou me alimentar porque os alimentos estão sendo absorvidos devagar. De uns três anos pra cá passei a sentir mal estar e acordo de madrugada precisando tomar mais prolopa, já tive melhor de uns meses pra cá está ficando difícil não ficar dependente. Não faço nenhum tipo de exercício atualmente , mas já fiz yoga, a professora não era boa e me enjoei, fiz hidro, quando deixei de tomar os rédios de Parkinson porque o neurologista disse que não era e a minha rigidez muscular é muito grande. E foi praticamente um sofrimento até o dia que o professor disse: eu não sei o que faZer com você. Me sinto muito infeliz, gostava de aprender artesanato, bordava muito e até recentemente estava fazendo pintura em tecido, mas não faço mais nada pois a visão embaçou. Podia operar a miopia mais por não conseguir ficar parada o laiser não ia funcionar. Para dormir tomo frontal 2 mg, para depressão tomo procimax e também prolopa HBS a cada 6 horas. Os médicos dizem que estou intoxicada de remédios, mas não conseguem me ajudar muito. È triste chegar num consultório e ver que você sabe mais sobre a doença que o médico. Ninguém da minha família me entende, tenho medo de sair, de quando estou sem medicação, que alguèm toque a campanhia ou o telefone e eu não posso chegar até lá. Sinto uma coceira como se fosse mosquito mas quando coço fica quase um palmo de pele toda empolada.
Sou responsável por tudo em casa, orçamento, compras, etc... mas não estou conseguindo nem tomar conta de mim... Meu marido me dá tanto trabalho ! Minha familia me ajuda muito financeiramente e emocionalmente se não fosse eles eu não sei não...