Hj lendo alguns depoimentos, infelizmente tristes, de alguns amigos pk, por conta da falta de apoio e compreensão dos familiares, tive desejo de escrever um pouco sobre minha visão da vida como pessoa portadora de parkinson:Meu caso... meus pais já passaram dos 80, mas as vezes vejo mais disposoção neles que em mim, que tenho 54.
Tenho ciência de que não posso esperarmuito de meus filhos, porque eles estudam e trabalham e nào podem deixar suas vidas para cuidar de mim.
Meu marido trabalha, quando pode fica em casa para ajudar, acompanhar numa consulta médica, e algumas tarefas domésticas.
Há inúmeros outros problemas envolvidos nesta questão. Vera Lucia disse:
- “Reconquistar o marido é tarefa diária”.
Há inúmeros outros problemas envolvidos nesta questão. Vera Lucia disse:
- “Reconquistar o marido é tarefa diária”.
E não é simples. Devido às instabilidades emocionais, transtorno afetivo bipolar e doença de Parkinson: uma associação insidiosa e muitas vezes não reconhecida.
Se as pessoas que convivem diariamente conosco não souberem entender e respeitar essas fases ruins, o nosso mundo desaba. Sem apoio da família, tudo fica muito mais penoso.
Meu casamento de 23 anos foi para o ralo depois do parkinson.
Conheci outra pessoa, com quem aprendi muito de mim, e encontrei uma força que eu nem sabia que tinha. Convivi com essa pessoa por seis anos, mas Deus decidiu leva-lo, e fiquei só. Caí numa depressão profunda, emagreci 11 quilos, sendo que meu normal é 53/55. Meu anjo se foi em nov/2011.
Como o tempo nos dá maior conhecimento e maturiadade, eu aprendi a me conhecer melhore compreender melhor o parkinson e suas consequências na minha vida diária. Com a convivência com o pai dos meus dois filhos, os ânimos se abrandaram, e iniciamos uma nova fase, uma tentativa de entendimento. Em julho/2014 trocamos alianças pela segunda vez.
O que estou tentando mostrar é que se pode recuperar algo ou alguém que se perdeu no caminho tortuoso do parkinson.
Não se pode desistir e ponto final.
As vezes sinto que sou um espírito livre habitando um corpo aprisionado.
As instabilidades físicas causam as instabilidades emocionais.
Quanto mais tensos ficamos, mais travado fica nosso corpo, e mais lentos nossos movimentos. Uma coisa gera a outra, numa crescente
bola de neve. As vezes uso bengala, as vezes não uso. Isso causa curiosidade nas pessoas que convivem comigo sem saber o meu problema. Mas aprendi a não me importar com os comentários maldosos, de que eu finjo estar mal, quando me interessa. As pessoas falam porque tem língua na boca, senão calariam. Já
passei do ponto de me importar com a falta de informação das pessoas.
bola de neve. As vezes uso bengala, as vezes não uso. Isso causa curiosidade nas pessoas que convivem comigo sem saber o meu problema. Mas aprendi a não me importar com os comentários maldosos, de que eu finjo estar mal, quando me interessa. As pessoas falam porque tem língua na boca, senão calariam. Já
passei do ponto de me importar com a falta de informação das pessoas.
Se eu
quero ajudar vou buscar informação para saber os reais motivos de uma situação. Se não quero ajudar, também não tenho direito de bisbolhotar, criticar o comportamento alheio. Não vou ficar na portaria do condomínio explicando para a vizinhança porque as vezes pulo corda e as vezes mal consigo carregar uma sacolinha de supermercado, com farinha, leite e ovo. Neste caso faço o bolo e
como sozinha. Como diz o ditado: -“Antes só, que mal acompanhado”.
quero ajudar vou buscar informação para saber os reais motivos de uma situação. Se não quero ajudar, também não tenho direito de bisbolhotar, criticar o comportamento alheio. Não vou ficar na portaria do condomínio explicando para a vizinhança porque as vezes pulo corda e as vezes mal consigo carregar uma sacolinha de supermercado, com farinha, leite e ovo. Neste caso faço o bolo e
como sozinha. Como diz o ditado: -“Antes só, que mal acompanhado”.
E assim vou seguindo em frente devagar, um dia após o outro.
Quanto aos familiares, sei que é difícil a convivência com um portador de parkinson, dependendo do estágio da doença os cuidados são constantes. O que posso dizer? Unam-se, dividam tarefas e despesas, busquem auxiliares, tentem compreender as tristezas, desânimos e a sensação de fracasso, retribuam com atenção, carinho e respeito, quando for possível estar juntos a essa pessoa. Mas não a ignorem.
Quanto aos familiares, sei que é difícil a convivência com um portador de parkinson, dependendo do estágio da doença os cuidados são constantes. O que posso dizer? Unam-se, dividam tarefas e despesas, busquem auxiliares, tentem compreender as tristezas, desânimos e a sensação de fracasso, retribuam com atenção, carinho e respeito, quando for possível estar juntos a essa pessoa. Mas não a ignorem.
Digo que parkinson é a doença “das pessoas felizes”. Porque quando ficamos tensos ou tristes tudo fica ruim. A cabeça entontece, o coração estremece, o corpo enrijece. Precisamos e um ambiente
calmo e harmonioso para viver, por causa destas instabilidades tão sucessivas,que são próprias da doença de parkinson.
calmo e harmonioso para viver, por causa destas instabilidades tão sucessivas,que são próprias da doença de parkinson.
Aos cuidadores/familiares que não podem estar com a pessoa portadora de parkinson, peço que reunam-se para buscar
apoio, informação, ajuda.
apoio, informação, ajuda.
Em alguns casos, quando já se esgotaram todas as possibilidades, uma instituição é uma opção. Mas façam visitas regulares.
Atualmente existe a creche para idosos. Assim durante o dia
a pessoa que necessita de cuidados especiais, não fica só, fica protegida e durante a noite pode estar no convívio da família.
a pessoa que necessita de cuidados especiais, não fica só, fica protegida e durante a noite pode estar no convívio da família.
Lembrando que:
"NOSSO CORPO TEM parkinson, NOSSA ALMA NÃO”!
"NOSSO CORPO TEM parkinson, NOSSA ALMA NÃO”!
.. o tempo ensina, mas a gente tem que ter a mente aberta e o coração tranquilo para aceitar mudanças, transformações, obstáculos e tb fracassos, pq fazem parte do aprendizado. Importante é saber que dá para contornar algumas questões, Como diz na música antiga: -
Reconhece a queda
E não desanima
Levanta, sacode a poeira
E dá a volta por cima...
Reconhece a queda
E não desanima
Levanta, sacode a poeira
E dá a volta por cima...
Abraços, *TT