24 fevereiro 2005

DEPOIMENTO DE ROGÉRIO SIMÕES, PcP, Poeta, Portugal

Amiga Dalva de Paula Molnar
Há uma eternidade que não lhe escrevia. Quem diria que me iriam faltar as forças para escrever aos meus amigos.
Dalva. A esperança é a última coisa a morrer e se em Fátima rezaram para que viesse chuva e choveu, quem sou eu para deixar de acreditar que amanhã recuperarei a vontade de viver. Estou em baixo e até deixei de escrever poesia. Onde pára a minha força? Para onde vou? Onde estou? Tudo o que me cerca por perto é lindo, as pessoas são as mesmas e aturam-me. O ar que respiro é igual. Da minha janela avisto o Tejo, o mesmo rio que me viu nascer. Quem me dera ser um pedaço de água para subir na onda e afogar a minha mágoa.
Por ora, vou andando por aqui triste por estar doente e não conseguir ultrapassar o pequeno espaço que me afasta da minha têmpera. E neste desassossego eu plano numa letargia agonizante sem saber porquê.
Não sei que feitiço me impede de ser positivo.
Devo dizer que não sei como, mas, o e-mail da Dalva foi retirado pelo antivírus, razão pela qual não acedo aos e-mail remetidos pela amiga Dalva há muito.
Quanto à minha Associação nada mais disseram! Se calhar querem a Associação só para meia dúzia.
Finalizo esta minha mensagem agradecendo tudo.
Um beijo e um abraço ao Marcílio
rogério

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