EMAIL DE BALDOÍNO SOBRE SALIVAÇÃO EXCESSIVA DA IRMÃ PcP
Oi, Dalva, Bom Dia.
Devido compromisso as segundas-feiras não tenho participado do chat.
Minha irmã teve um aumento exagerado na salivação.
Falei com o medico e ele alterou a dose do Stalevo, não resolveu, ela continua com excesso de salivação.
Vc com sua experiência o que leva o aparecimento desse sintoma do DP.
Um abraço,
Baldoino
Entrei com a palavra BABA no SEARCH do BLOG e encontrei :
BABA
No Blog anterior abordei a questão da baba e apontei alguns exercícios.
Como o tema é preocupante pelas implicações naturais, sobretudo perda da auto estima e constrangimento social que acarreta, resolvi fazer uma pesquisa sobre o assunto e eis o que consegui na Internet.
No item Parkinson do website Neurocenter.Nethttp://www.rbeep.com.br/~kleberac/parkinson.htm) consta que
"A metade dos pacientes com doença de Parkinson desenvolvem problemas com a deglutição. Esta condição pode fazer com que o paciente derrame comida ou líquidos da boca, ou engula sem ter mastigado, causando engasgos e dificuldades com a respiração. Pacientes e seus cuidadores devem estar atentos aos sons do engasgo, de sufocação, de comida presa na garganta para rápida desobstrução da boca. Pacientes com doença de Parkinson tem dificuldade para tossir e limpar os pulmões, com risco de contrair pneumonia. Muitos necessitam de sondas para alimentação."
É interessante notar que nesse mesmo website, no item que aborda o tratamento sintomático da Esclerose Lateral Amiotrófica (http://www.rbeep.com.br/~kleberac/ela.htm) consta que o
"O paciente pode ter dificuldade em deglutir a saliva que escorre da boca. Isso se chama sialorréia e pode ser controlada com benzotropina, hioscina, atropina, tri-hexifenidil ou amitriptilina. Esta última droga também é útil na depressão e labilidade emocional."
O Aurélio remete quem busca a palavra "sialorréia" para "ptialismo" definido por esse dicionário como "Secreção excessiva de saliva; polissialia, sialorréia.". Segundo Paulo César Trevisol-Bittencourt, entretanto, "Um outro sintoma (da doença de Parkinson) que se manifesta foi equivocadamente referido no passado como sialorréia. Na verdade, pacientes com DP não produzem saliva excessiva, como esta expressão sugere; mas sim, esquecem de degluti-la. Por este motivo, é comum que vários deles permitam o extravasamento de saliva pelos cantos da boca." (in Trevisol-Bittencourt, Paulo C�sar e outros, Doença de Parkinson: diagnóstico e tratamento, UFSC/CCS, Fpolis, 2002. http://www.neurologia.cjb.net)
Deixando de lado as questões conceituais e semânticas, o que fazer para contornar o problema da baba no paciente com a DP, é o que nos preocupa.
É sabido que os movimentos involuntários são afetados pela DP e que há sinais clássicos apontados no diagnóstico, tais como: a ausência da piscada, que dá origem à facies máscara ou cara de espanto, os braços que não balançam e a dificuldade de deglutir.É sabido, por outro lado, que a deglutição pertence às chamadas "funções reflexo-vegetativas" entre as quais se incluem a respiração, a sucção, e a mastigação, e como consequência a articulação da fala.
Nada melhor, portanto, para solucionar o problema da baba do que recorrer à fonoaudiologia. Foi o que fiz fazendo uma visita ao site de Beatriz Padovan (http://www.padovan.pro.br/f_met.htm), criadora do método Padovan para ReorganizaçãoNeurofuncional.
Lá há exercícios corporais e orais que vale a pena conhecer.
por Marcílio Santos
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