15 junho 2009

ACEITAR OU NÃO A DP

EIS A QUESTÃO

A questão é filosofica .

Discuto comigo mesmo, se devo ou não aceitar a DP. A conclusão é que não aceito, pelo fato de te-la como inimiga e lutar diariamente contra ela. De acordo com meu ponto de vista, ACEITAR é ser passivo, se acomodar, se entregar, se trancafiar dentro de casa e nada disso eu faço. EU VOU À LUTA!


Sendo a DP uma doença degenerativa e progressiva, nós temos que estar em vigília constante, juntamente com o cuidador, analisando as variações dos sintomas no cotidiano para informar ao medico as oscilações para que o mesmo adote providências.


NÃO posso ACEITAR uma doença que tanto nos maltrata que nos ataca diariamente, de forma e horários diferentes, sem nenhuma coerência, nos pegando sempre de surpresa. Não posso ser conivente com ela .


Nós devemos ASSUMIR, COMBATER e nos ADAPTAR às limitações que ela nos impõe. Tenho consciência que ficamos limitados e que não podemos fazer algumas coisas que gostamos, precisamos conhecer nosso corpo, saber dos nossos limites e assim buscar uma melhor qualidade de vida.


Quando digo NÃO ACEITO e no entanto ASSUMO a condição de portador, procuro viver na maior normalidade possível, botando a CARA NA TELA, indo a cinema, teatro, passear no shopping fazendo tudo que o corpo permite e o bolso admite, não tendo que ter vergonha da DP. Claro, seguindo fielmente as prescrições do meu médico, com quem discuto as variações ocorridas no interregno para adotar as medidas cabíveis. Como considero a DP uma inimiga poderosa, tenho que respeitá-la e procurar conhecê-la para poder me defender de seus ataques traiçoeiros.


Como a DP ataca o corpo, não a mente, devemos ter atividades intelectuais. Exercitar a memória, nos habituar á prática de exercícios físicos, de acordo com a condição física de cada um e sempre supervisionado por profissional especialista em DP. Não podemos nos entregar a esse inimigo que vai comendo pelas beiradas, de emboscada, pois, quando o descobrimos, ele já tem pelo menos dois anos de instalado estando na dianteira enquanto o mal não é diagnosticado.


Não posso aceitar quem tanto nos maltrata. Convivo com ela, mas não quero intimidade. Ela lá eu cá.


É apenas um ponto de vista.

Maio/2009

Genario Lemos Couto

5 comentários:

Baldoino disse...

Amigo Genario,
Sem duvida seu depoimento servirá de alerta a aqueles que foram surpreendidos com o diagnóstico e encontram-se atônitos sem saber como conviver com a Doença de Parkinson.
Essa luta é de todos nós e para isso estamos aqui dando a nossa contribuição.

josi bermejo disse...

Amigo,meu pai sofre a muitos anos ultimamente mal pode se equilibrar sobre as pernas,mas tem uma fé tão grande que vai sarar, eu sofro com ele mas ele passa muita força pra mim é um verdadeiro exemplo, essa luta tem que ser cotidiana, e concordo de todos nós...bjs

marcilioII disse...

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Anônimo disse...

Sou portador de parkinsn e concordo plenamente euaki e eka bem longe intimidade nunca

laurabab disse...

Nao acredito q a questao seja aceitar ou n o parkinson,pois se esta posto n temos o q fazer,a questao seria,dois pontos,Como lidar com a doenca,qual terapia e mais interessante,e deixar fluir sem dar tanta importancia afinal ela e apenas um coadjuvante em nossas vidas,ou melhor um figurante nesta bela historia que e a nossa vida onde nos somos o autor,ator principal e pricipalmente o propietario dos direitos autorais e ai cabe a nos administrar magistralmente este belo presente,ser o maestro da orquestra e esta se apresentara perfeita apesar de algum instrumento desafinar mas o que seria este desafinar diante de tao linda maestria,n seria nada e a vida segue em frente como tem de seguir,com um remedinho daqui,uma fisioterapia dali,uns conselhinhos,um pouco de disciplina e uma feliz existencia.bjos.