depoimentos sobre parkinson
De: Maria das Graças Parada Silva (paradagraca@hotmail.com)
Enviada: quinta-feira, 19 de março de 2009 11:06:38
Para: stelanerj@hotmail.com; marciliosegundo@hotmail.com
Prezados Stela e Marcílio
Li seus depoimentos no Blog e resolvi entrar em contato com voces para trocarmos algumas "figurinhas" sobre o parkison, se voces permitirem, naturalmente.
Vi que ambos estão bem, tem muita experiência porque vivem o problema, e achei que seria muito bom, esse contato, ao menos para nós.
Meu pai tem 85 anos e fará aniversário em outubro. O parkinson nele foi diagnosticado muito tardiamente, em 2006, quando ele tinha 83. Como ele não apresentava o clássimo sintoma, tremer as mãos, os médicos demoraram em diagnosticar. Desde o primeiro exame, em 2002, quando ele aceitou ir ao médico pra saber por que ele tinha alguns momentos de esquecimento, dormencia na perna esquerda (usava algum paleativo e assim passava...até que foi convencido a procurar atendimento médico), o problema teve vários nomes: isquemia cerebral, Polineuropatia sensitivo-motora simétrica, neuropatia. Apesar de ter sido feito uma série de exames (tumografia, ressonancia magnética, entre outros), o diagnóstico só veio em 2006, inclusive por um médico que já o tinha atendido em 2003. Em fim, estamos hoje convivendo com essa situação. Ele tem o raciocínio perfeito, joga paciência no computador, assiste novela, ouve noticiários, resumindo, está antenado com o mundo. Mas está totalmente dependente, não anda mais sozinho (após ter sofrido várias quedas, indo ao hospital 3 vezes, ter levado pontos na cabeça, que de tão "dura" não deixou sequelas, Graças a Deus). A teimosia é grande, o que entendemos, por isso temos que ficar vigilantes, pois quando ele se sente melhorzinho, faz o que não deve, como ontem, depois de algumas sessões de fisioterapia, tentou passar do sofá (onde fica a maior parte do tempo) para a cadeira- de- rodas, sozinho. Está com grande dificuldade de deglutição e de falar. Felizmente escreve quando não entendemos o que ele quer dizer. Digo pra ele que agora temos um escritor em casa.
Ele faz uso do Prolopa apenas, e soubemos que esse remédio tem muitos efeitos colaterais, podendo estar contribuindo para o estado de "leseira" dele. Li no Blog depoimentos interessantes sobre o Manditan, Sifrol, Akneton retard (ele já fez uso deste junto com o prolopa). Ele próprio disse que não quer mais o prolopa, pq ouviu a nossa conversa sobre os efeitos colaterais e então leu a bula. O prolopa pode mesmo ter efeito negativo no caso dele? soubemos tb que esse medicamento é indicado para estádio avançado da doença. É isso mesmo? Depois do que li o Blog, vamos leva-lo novamente ao médico (outro) e conversamos sobre esses outros medicamentos.
Moro em Ilhéus, Ba, e ele em Una, distante 60 km da minha residencia, com minha mãe e um irmão ao lado -casa geminada. Em Una não tem clínica fisioterápica, daí a dificuldade de manter uma rotina de fisioterapia como foi recomendado pelo médico. Por outro lado, ele não aceita sair da sua casa, da "sua cidade", nem minha mãe também, para morar em Ilhéus comigo ou outras irmãs.
Ficamos pesarosos em ver tanta vida dentro dele, vontade de ficar curado, e sem muita perspectiva de melhoria.
Agradeço muito a atenção que voces puderem dispensar aos meus anseios.
Fiuem com Deus!
Atenciosamente,
Maria das Graças C. Parada Costa Silva
4 comentários:
Olá Maria das Graças!
Meu nome é Iris, moro em Santa Catarina, e meu pai que tem o mal de Parkinson, na Bahia. Convivo à distância com o problema, mas não por isso é menos doloroso ver as limitações que esta doença impõe... Principalmente quando amamos incondicionalmente a pessoa que dele sofre... As limitações que o acometem são físicas, rigidez dos membros e dores constantes, embora a lentidão de raciocinio e a apatia estão presentes em alguns momentos, o fato dele continuar trabalhando ativamente é um estímulo importante para sua auto-estima e para a manutenção das funções cognitivas.
Meu pai teve o diagnóstico feito a uns 3 anos mais ou menos, iniciou o tratamento com a L-Dopa, sendo avisado que o medicamento funcionaria por uns 8 anos, e que a doença seria progressiva. Estava tomanto atualmente 3 1/2 comprimidos ao dia, porém as dores na perna direita o estavam incomodando MUITO. Visitou a neurologista que cogitou o aumento da dose diaria de levo-dopa, no entanto em um momento de LUZ, substituiu seu medicamento pelo STALEVO,pelo que pesquisei um medicamente novo (de 2008) que associa outros principios farmacológicos à levodopa, o medicamento é mais caro, dificil de encontrar, porém há a possibilidade de cadastro no laboratório fabricante e com isto consegue-se desconto de 50% no preço do medicamento. O que posso te relatar é a melhora IMEDIATA das dores, e o relaxamento da musculatura em geral (tinha uma rigidez constante no PE DIREITO), e está sentindo-se muito bem.
Converse com o Neurologista do seu pai... quem sabe este depoimento te ajude!
Um grande abraço
Iris Monia Steckelberg
Iris:
Seu comentário é bem-vindo, mas gostaríamos de ter seu email.
Olá Marcilio!
Meu e-mail é irismoniasteck@gmail.com
Um abraço!
Iris
Meu nome é Ester, concordo c a amiga Iris...
Estou usando Stalevo150 3x ao dia e outros, senti q a melhora foi boa.(AS vezes até compramos no país visinho, sai bem em conta)
Meu e-mail é: ester@periniinformatica.com.br
Abraços, Ester
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